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sábado, 21 de novembro de 2009

Green Day



Em 1994 o cenário pop mundial foi sacudido pela ascensão de uma banda de músicos medíocres, sem a técnica das bandas de heavy metal, sem as letras e sonoridade agressivas das bandas grunge, sem sex apeal, mas com sinceridade e energia de sobra. O estilo difundido pela banda Green Day rapidamente seria nomeado pop-punk (pop em virtude de sua fácil aceitação e punk em virtude da óbvia limitação técnica e simplicidade) e venderia milhões de discos, tocando exaustivamente em rádios e MTV e abrindo caminho para dezenas de bandas semelhantes, como Rancid, Offsprings, etc. O sucesso do Green Day porém não foi apenas produto da mídia que gera mega-stars de uma hora para outra.

A banda foi originalmente formada em 1989, contando com o vocalista/guitarrista Billie Joe Armstrong, o baixista/vocalista Mike Dirnt ( amigo de infância de Joe) e o baterista John Kiffmeyer. O nome inicial da banda foi Sweet Children, logo mudado para Green Day (que segundo os integrantes é uma referência a maconha). Seu primeiro registro em vinil foi o EP "1000 Hours", cuja ótima aceitação levou a banda a conseguir o apoio de um produtor para a gravação de seu primeiro álbum, "39 Smooth", em 1990 (gravado em apenas um dia).
O baterista John Kiffmeyer resolveu abandonar a banda para continuar os estudos quando os outros componentes decidiram fazer uma primeira turnê pela América. Em seu lugar entrou Tre Cool (nascido Frank Edwin Wright III). Esta foi a formação que gravou Kerplunk em 1992.
Em 1994 lançaram Dookie pela major Warner. A repercussão foi muito maior do que a esperada. De uma hora para a outra a banda se tornou a queridinha da MTV e consequentemente de uma legião de modistas, o que enfureceu os fãs antigos (como é de praxe a qualquer banda underground que se torna mainstream de uma hora para outra). O álbum vendeu rapidamente mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo e a banda foi eleita a revelação do ano em centenas de revistas especializadas.
Apesar da banda se manter em evidência, os álbuns que se seguiram não conseguiram repetir o mesmo sucesso, principalmente em virtude de o mercado ter ficado saturado de dezenas de bandas semelhantes. Mas indiscutivelmente cabe ao Green Day a honra de ter popularizado o estilo.

Insomniac, de 95, mostrava um Green Day mais pesado e com belas melodias. Destaques para a dobradinha clássica "Brainstew/Jaded", entre outras, como "Panic Song", "Geek Skin Breath", "86", "Armatage Shanks", "Stuck With Me", e o resto.
O Green Day lançou Nimrod em 97, mostrando uma faceta mais eclética da banda, como na Stray-Cats-Punk-Rocker "Hitchin' A Ride", a trilha sonora do filme Varsity Blues "Nice Guys Finish Last', entre outras, como "Jinx", "Platypus (I Hate You)" e a hiper-furiosa "Take Back". Destaque para a balada conhecidíssima "Good Riddance (Time Of Your Life)".
2000 foi o lançamento de Warning, com uma boa baixada no lado punk-teenager da banda. Destaques para a ótima faixa-título, "Waiting", "Church On Sunday", a poderosa "Minority" e a líndissima balada "Macy's Day Parade".
Para acalmar os fãs, 2001 foi lançado a coletânea International Superhits, com músicas inéditas, como "Maria", "J.A.R.", e "Poprocks & Coke".
O álbum de lados B "Shenanigans" foi lançado em 2002, com músicas que não deixam nada desejar as mais famosas, como "Ha Ha You're Dead", "Suffocate" e a ótima cover dos Ramones "Outsider".
Dando um passo a frente, 2004 foi o ano de American Idiot. Desde a faixa título de abertura que cospe na hipócrita sociedade americana, passando a uma história conceitual, com duas mini-óperas de nove minutos ("Jesus Of Suburbia" e "Homecoming"), baladas (como a pesada e suave ao mesmo tempo "Boulevard Of Broken Dreams", o solo de slide guitar de "Give Me Novacaine" e "Are We The Waiting"), o poderoso refrão de "Holiday", o punk rock basicão de "She's A Rebel", o power pop de "Extraordinary Girl" e street-punk a lá Rancid "St. Jimmy". Excepcional, elogiado por personalidades como Stephen King, o disco rendeu o Grammy Awards de Melhor Álbum de Rock.

domingo, 1 de novembro de 2009

Slayer



A história da banda Slayer teve início por volta de 1981, em Los Angeles, quando o guitarrista Kerry King e o baxista Tom Araya, que haviam tocado juntos em algumas bandas de pouca ou nenhuma repercussão, se juntaram a um outro guitarrista, Jeff Hanneman, e ao baterista Dave Lombardo, para montar uma banda de influências metal e punk. Em 1982 começaram a se apresentar no circuito de clubes de Los Angeles tocando covers de bandas como Iron Maidan e Judas Priest. A maneira de tocar porém era mais agressiva. O Slayer foi uma das bandas responsáveis pela evolução dos estilos thrash e death metal.
Em 1983 a banda foi descoberta por Brian Slagel, presidente da gravadora Metal Blade. Gravaram a música Aggressive Perfector para a coletânea Metal Massacre III e ainda em 1983 lançaram pela Metal Blade seu primeiro disco, o clássico Show No Mercy. Juntamente com Kill'em All do Metallica, lançado praticamente ao mesmo tempo, este disco marca o nascimento do thrash metal. Ao contrário do Metallica, porém, o Slayer tinha o diferencial de adotar mais abertamento temas satânicos nas letras e capas dos discos. Em 1983 lançariam ainda o EP Haunting the Chapel.

Em 1985 foi lançado o segundo LP, com o sugestivo nome de Hell Awaits. Uma excelente vendagem de mais de 100.000 cópias chamou a atenção de gravadoras maiores para a banda. Logo seriam contratados pela Def Jam Records, gravadora até então responsável apenas por artistas de rap e hip hop. A estréia pela nova gravadora seria o maior clássico do Slayer, Reign In Blood, um dos álbuns mais rápido até então. Superando qualquer espectativa o álbum chegou a disco de ouro nos Estados Unidos, fato inédito até então para um disco tão pesado e agressivo. Apenas em 1987 o álbum chegaria à Europa.
Apesar da excelente vendagem de discos e shows cada vez mais lotados dentro do Slayer algo não ia bem e começavam os desentendimentos entre Dave Lombardo e o resto da banda. Em 1987 Dave abandonou a banda por um curto período de tempo, sendo substituído por Tony Scaglione (que havia tocado com a banda Whiplash). Dave voltou poucos dias depois.

South Of Heaven de 1988 foi uma decepção para os fãs que esperavam um novo petardo ao estilo de Reign In Blood. O som estava mais lento, mais pesado, não mais comercial de forma alguma, mas definitivamente diferente. As letras começavam a abandonar a temática restrita do satanismo e abordar temas como aborto, guerra, evangelismo e nazismo (motivo de problemas constantes para a banda, constantemente associada a movimentos racistas, inclusive por usar uma águia de ferro como um de seus símbolos).

A temática mais atual se confirmaria no próximo lançamento, Seasons In The Abyss de 1990, primeiro álbum da banda a alcançar um disco de platina. Após o lançamento o Slayer embarcou para a clássica turnê Clash Of Titans, juntamente com Megadeth, Anthrax, Testament, Suicidal Tendencies e Alice In Chains. Nesta turnê surgiram desentendimentos entre Slayer e Megadeth.

Decade Of Aggression de 1991 foi um álbum contendo os clássicos dos primeiros dez anos de carreira da banda, gravados ao vivo. Apesar de ser um álbum duplo, fato raro entre bandas pesadas, rapidamente chegou ao ouro.

No início de 1992 os constantes desentendimentos que vinham se acumulando entre Dave Lombardo e a banda levaram à demissão do baterista (que pouco mais tarde formaria a banda Grip Inc). Paul Bostaph da banda Forbidden foi chamado para o posto. Com a nova formação se apresentaram no Donnington Monsters Of Rock Festival deste ano.

Em 1993 após um período de pouca produção (sem gravações de estúdio e sem shows ao vivo) a banda gravou com Ice T (artista de rap) um medley de covers da banda punk Exploited para a trilha sonora do filme Jugdment Night. Com quase um ano de atraso em 1994 foi lançado Divine Intervention. A capa controversa mostrava um fã escrevendo no braço o logotipo do Slayer com uma navalha, prova da devoção cega de alguns fãs à banda.

O álbum Undisputed Attitude levou adiante a idéia de gravar tributos às bandas punk que haviam influenciado a carreira do Slayer. Após as gravações o baterista Paul Bostaph abandonou a banda por diferenças musicais, sendo substituído por Jon Dette (que havia tocado com o Testament). Paul retornaria a banda em 1997.

No ano de 1998 o Slayer lançou Diabolus in Musica. Marcado por alguns efeitos de vozes, Tom Araya decidiu arriscar. Trata-se de um típico álbum da banda, recheado de metal e peso. Guitarras pesadas e bateria avassaladora. Graças ao novo álbum, o Slayer se apresentou no ano de 1998 no festival Philips Monsters of Rock onde foi a banda principal, detonando toneladas de metal e enlouquecendo cada vez mais seus fãs. Depois seguiu para o Monsters of Rock argentino, onde tocou com Angra, Helloween e Iron Maiden

Em 2001 saiu God Hates Us All, novamente pela Def Jam. Abandonando as experimentações e acessibilidade de alguns lançamentos mais recentes, God Hates Us All representa o Slayer de volta ao som cru de seus primórdios.

Em 2002, Paul Bostaph deixou a banda por problemas de saúde, sendo substituído por Dave Lombardo, que seguiu em tour com a banda, que se preparava para gravar um novo petardo. Sua permanência como membro efetivo não foi confirmada.





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