Therion é uma polêmica banda da Suécia que com o decorrer dos anos foi capaz de desenvolver uma música absolutamente única, que mescla de forma perfeita a agressividade do metal com a complexidade harmônica da música clássica.
Tudo começa no ano de 1987, em Estocolmo cidade da Suécia, onde um grupo de garotos influenciados por grandes bandas da época (como Vemon, Metallica, Motorhead e Slayer) decidem montar a sua própria banda, voltada para o estilo que mais gostavam: o thrash.
Blitzkrieg foi o nome escolhido para a banda (que significa algo como uma guerra relâmpago, um ataque repentino) e que nada tem a ver com a homônima banda inglesa do mesmo nome. A formação original contava com o baixista Christofer Johnsson, o guitarrista Peter Hansson, o baterista Oskar Forss e o vocalista Matti Kärki. Depois de cerca de um ano tocando juntos, divulgando o seu trabalho com algumas apresentações em sua própria cidade, a banda se desfez. Depois de alguns meses os componentes voltaram a tocar juntos mudando o nome da banda para MegaTherion e mais tarde optando somente por Therion (que em hebraíco significa Dragão, a Grande Besta). Com a saída de Matti, C. Johnsson, líder da banda, assume os vocais e as guitarras. Com isso, um novo baixista assumiu as quatro cordas: Erik Gustafsson. O estilo do Therion evoluiu para o death metal, que na época era tão estranho como o thrash. Com esta formação e estilo a banda começou sua carreira musical, que viria a ganhar muito prestígio com o anos.passar dos anos.
Em 1989, a banda gravou dois demos independentes com três músicas cada, o primeiro intitulou-se "Paroxysmal Holocaust" com uma pequena tiragem de 600 cópias no formato cassete e o segundo foi "Beyond The Darkest Veils Of Inner Wickedness", também em cassete, com limitadas 500 cópias; mais adiante gravou também um Mini-LP com quatro músicas intitulado "Time Shall Tell", que foi vendido pela House Of Kicks, uma pequena loja-gravadora local, com uma tiragem limitada de 1000 cópias. Do sucesso destas gravações, o Therion conseguiu assinar seu primeiro contrato com uma gravadora, a Deaf Records filiada ao Peaceville Records na Inglaterra.
Foi em Agosto de 1990, no Sunlight Studio, em Estocolmo (Suécia) que o Therion gravou seu primeiro álbum, "Of Darkness" que só foi comercializado no ano seguinte. "Of Darkness" continha apenas músicas escritas entre 1987-1989; a própria banda percebeu que o estilo musical estava mudando e, por isso "guardou" as músicas novas para um outro álbum. Mesmo contendo apenas velhas canções o disco foi bem sucedido comercialmente, mostrando um death metal de raíz com vocais rasgados e ríspidos, típicos do estilo. O grupo ficou conhecido como uma das melhores bandas de death da Suécia.
Deste ponto em diante, o Therion foi forçado a mudar algumas vezes de gravadora, conforme a banda sentia que não possuia o apoio necessário. Eles assinaram um contrato com a Active Records - outra gravadora inglesa - e assim fizeram seu segundo álbum "Beyond Sanctorum". A gravação feita em Dezembro de 91 no Montezuma Studio mostrou um progresso no estilo musical em relação ao início da banda. Haviam elementos novos, como teclados, vocais femininos, ritmos folk e até música persa em uma das canções. Estas mudanças foram difícilmente aceitas pelos fãs e bandas de death metal mais conservadores. Na época o Therion participava do "Inner Circle"; uma organização fechada de bandas da cena Black/Death metal, onde inspirados pelo Satanismo e suas diretrizes, aprendiam e praticavam suas crenças, alguns até cometiam atrocidades do tipo por fogo em igrejas, tudo em nome da Ordem. Faziam parte do "Círculo Secreto" ícones da Música Extrema como: Mayhem (grupo fundador), Bathory, Hellhammer, Darkthrone, Emperor e Burzum (banda do assassino de Euronomious), entre outros. Mas depois de "Beyond Sanctorum", surgiram diferenças ideológicas que bateram de frente com o legado do "Inner Circle". Devido a essas divergências extremas, que não aceitavam nenhum tipo inovação, a não ser destruir os princípios cristãos através de blasfemidades, o Therion fora taxado como falso por unanimidade dentro da instituição e convidado a se retirar da horda o que ocasionou ainda, em um atentado ocorrido na própria residência de Christofer Johnsson: uma garota, conhecida pelo nome de Suuvi Puurunen, que por sinal era namorada de Varg Vikernes do Burzum (extremista da horda), tentou queimar a casa de Johnsson espetando um disco do Burzum em chamas em sua porta, alegando que ele não era um verdadeiro seguidor da ordem, mostrando que o patamar das atividades do "Inner Circle" já chegara aos extremos.
Neste momento, a banda passa por mais um período difícil: Oskar teria seu segundo filho, e por isso sentiu que deveria mostrar mais responsabilidade com a família; Erik mudou-se para o Texas (EUA), junto com sua família; Peter queria seguir outro estilo musical (mais voltado para o Pop). Christofer estava completamente sozinho e, como o esforço da gravadora em manter a banda ativa não foi tão grande como ele esperava, o Therion quase acabou, mas C. Johnsson não desistiu e ressuscitou a banda, com um line-up completamente renovado: Magnus Barthelson nas guitarras, Andreas Wallan Wahl no baixo e Piotr Wawrzeniuk na bateria.
Com estes novos integrantes o Therion fez alguns shows na Holanda, Bélgica e Suécia e, depois disso assinou um contrato com a gravadora sueca Megarock Records, criando assim no começo de 1993, novamente no Montezuma Studio, seu terceiro disco "Symphony Masses: Ho Drakon Ho Megas", trabalho lançado para experimentar a mistura de death metal com influências sinfônicas, música árabe, industrial e heavy metal tradicional dos anos 80. Na opinião de algumas pessoas, este álbum não foi tão bom como os anteriores, mas a vendagem média foi muito boa e a banda deu outro passo à frente mostrando versatilidade e identidade própria. Outras turnês menores foram feitas antes de acontecerem novos problemas com a formação: tanto Magnus quanto Andreas deixaram a banda por motivos financeiros - a banda não era nenhuma mina de ouro, mas precisava de muito trabalho, que levou um certo tempo para ser realizado - então a formação número três foi rapidamente feita, mostrando um novo baixista, Fredrik Isaksson. O Therion então era um trio, e fez sua primeira grande turnê junto com outras três bandas: Samael, Grave e Massacra.
Apesar da Megarock estar trabalhando muito para promover o Therion, ela nunca conseguiu elevar a banda até o ponto desejado por eles, e outra gravadora foi contratada: a Nuclear Blast Records da Alemanha, que tinha tudo aquilo que o grupo sempre procurou, gravando assim em 1995 o seu primeiro Cd-Single "The Beauty In Black", que foi uma amostra do que viria à ser o quarto título da banda, "Lepaca Kliffoth", gravado no conhecido Music Lab Studios em Berlin e produzido por Harris Johns (Sodom, Tankard, Kreator).
Um disco de heavy metal onde se começa a notar seu futuro estilo que, cada vez mais, caminhava para as influências sinfônicas; o clássico "Beauty In Black" tem arranjos melancólicos orquestrados, bem como cantos de ópera parcialmente executados pelos sopranos Hans Groning e Claudia Maria Mokri, que participou também no "Into The Pandemonium", quarto álbum do Celtic Frost, banda de que Christofer Johnsson foi e é fã de carteirinha, principalmente na época que o Therion era uma banda de puro Death metal. Essa admiração por Celtic Frost, rendeu um cover de "Sorrows Of The Moon". Esse momento foi muito bom para o grupo, que fez uma bela turnê na Alemanha junto com o Annihilator e mais outros memoráveis shows pela Europa e México. Depois da saída de Fredrik do grupo, por motivos pessoais, a banda fêz ainda sua primeira turnê pela América do Sul e planos sérios de criar o álbum sinfônico mais fantástico da década foram tecidos.
Em meados de 1996, tendo uma conversa com o pessoal da gravadora C. Johnsson disse que não queria fazer outro álbum voltado para as guitarras e seus vocais, disse que tinha algumas músicas que poderiam compor um álbum totalmente sinfónico que teriam grandes chances de dar certo; a Nuclear Blast não interferiu em nada e deu o suporte à banda para o desenvolvimento do trabalho.
Com uma formação mais completa contando com Lars Rosenberg (Carbonized / Entombed) e Jonas Mellberg - guitarra e baixo respectivamente - entrou no Impulse Studio em Hamburgo para conseguir o título de maior gasto em uma gravação da Nuclear Blast Records até então; uma das obras mais inspiradas surgida no cenário metálico europeu. Para isso foram contratadas a orquestra sinfônica de Barmbek e dois corais completos: um deles foi o North German Radio Choir, que contribuiu com os vocais de ópera e o outro era um coral de Rock profissional, chamado The Siren Choir. O resultado de um mês e meio de trabalho pesado no estúdio junto com os produtores Jan P. Genkel e Gottfried Koch, foi o impressionante álbum "Theli", eleito o melhor disco de heavy metal de 96 e o limitado EP "Siren Of The Woods" que saiu com três músicas editadas para rádio, destaque para "Babalon" que Lars tinha escrito para o Entombed, mas cedeu como faixa exclusiva para esse EP, tornando-o um ítem indispensável para os admiradores e colecionadores da banda.
"Theli" é um disco de heavy metal inovador. As dez faixas que o compõem são uma verdadeira demonstração prática do que deve ser feito para que a música clássica case perfeitamente com o heavy metal. Os arranjos clássicos, as vozes operísticas e as mudanças de andamentos mostram uma mistura surpreendente e muito poderosa. A maioria dos vocais são de um tipo único e contagiante. Os corais líricos são usados em cada canção, fornecendo uma atmosfera gótica, mística e obscura. Até então nada tinha soado como esse álbum na cena heavy metal. As músicas de "Theli" seguem uma sequência, contam uma história, transmitindo as sagas de vários deuses desconhecidos com muito misticismo, baseadas em mitologias Gregas, Egípcias e Romanas. São composições pesadas, melódicas, complicadas e, acima de tudo, originalíssimas, frutos da mente inquieta do mentor, guitarrista, vocalista, tecladista e principal compositor do grupo sueco, C. Johnsson. Uma das músicas que mais representa a atmosfera do disco é "To Mega Therion", uma composição perfeita, que mistura solos de guitarras com quarteto de cordas e ópera, uma obra prima da música pesada. Vale a pena também notar as atuações de Piotr Wawrzeniuk (Carbonized) e Dan Swanö (Nightingale) com seus vocais góticos, contagiando em músicas como "Cults Of The Shadow" e "Nightside Of Eden". Este disco foi a explosão que a banda esperava há muito tempo, "Theli" passou a vender que nem pãozinho quente, atingindo a marca de 100.000 cópias, incluindo fitas de vídeo para o leste da Europa. Muitas turnês longas foram feitas nesse continente; um desses grandes shows foi feito junto com o Amorphis, também participaram do famoso festival de duas semanas na Grécia: o Dynamo Festival, com My Dying Bride, Sentenced, Secret Discovery e Sundown, diante de um público de 25.000 pessoas.
1997 marca o ano do décimo aniversário do Therion e com isso eles lançaram o álbum "A'Arab Zaraq Lucid Dreaming", contendo covers do Scorpions, Iron Maiden Running Wild e Judas Priest; mais algumas músicas inéditas das gravações de "Theli" que não couberam no álbum; uma regravação instrumental de "Symphony Of The Dead" clássico antigo do disco "Beyond Sanctorum" e também versões "Therionizadas" de uma trilha sonora de músicas clássicas que C. Johnsson fez como artista solo para o filme "The Golden Embrance", incluíndo também as versões originais como bonus track. Esse álbum traz uma boa visão de uma banda que transitou por vários estilos do metal: do Death até o que foi definido pelo próprio Christofer como "sinfônico/orquestral/ópera-metal de vanguarda". Esse disco marca a última participação de Dan Swanö. Piotr também deixa a banda e a música para se dedicar à dar aulas de história. Lars e Jonas que bebiam excessivamente, tinham sérios problemas de alcoolismo, também deixam o Therion.
Como a cada álbum que gravam sempre há um progresso, uma melhora na qualidade de gravação e capacitação dos músicos, eis que, seguido do mesmo conceito desenvolvido pelo ópera metal, o Therion lança em 1998, "Vovin" que assim como "Theli" em hebráico, também significa Dragão, mas em Enochian (linguagem específica da magia negra). Junto também foi distribuído o Single promocional "Eye Of Shiva" somente para os meios de comunicação especializados em metal, contendo quatro faixas sendo que duas delas "Eye Of Shiva" e "Birth Of Venus Illegitima" foram editadas para rádio. Esse single é um material dificílimo de se encontrar.
A banda, nesse álbum era então um projeto solo de Johnsson, que cercou-se de músicos profissionais de estúdio para executar as músicas por ele compostas para "Vovin": Martina Hornbacher nos vocais, Tommy Erisson na guitarra, Wolf Simons na bateria e Jan Kazda no baixo - com a providencial ajuda de um coro de vozes e um quarteto de cordas - souberam captar toda a elegância e sensibilidade dos arranjos. Este trabalho foi encarado com muito mais responsabilidade, tratando-o não apenas como um simples álbum, mas sim como uma continuação aperfeiçoada daquele estilo que começou a se desenvolver em "Beyond Sanctorum". O álbum é melhor tocado e um pouco mais clássico. As músicas são bem mais estruturadas, todas executadas com corais de ópera tradicional como soprano, alto, tenor, bass, enquanto os arranjos clássicos feitos em "Theli" foram orquestrações desempenhadas por teclados, "Vovin" foi gravado com instrumentos reais de cordas e sopros, assim a orquestração soou muito mais original e expressiva. Os elementos heavy metal estão um pouco mais escassos do que em "Theli", o som das guitarras reduziram-se à ritmos galopantes simples, uns riffs e alguns solos, não deixando de ser acima de tudo, puro metal, clássico e pesado. "Wine Of Aluqah" e "Draconian Trilogy" são os pontos altos de "Vovin". A letra de "Draconian Trilogy" representa todo o conceito por trás do Therion. O conceito do dragão fica bem claro nela. Destaque para a participação de Ralf Scheepers (Primal Fear) na faixa mais metálica do álbum, "The Wild Hunt". Apresentações magistrais com uma orquestra inteira foram feitos em grandes festivais como o Wacken e o Dinamo Festival.
No meio do ano de 1999, com a mesma formação contratada do disco anterior, veio o álbum "Crowning Of Atlantis", um disco no meio das sortes, pois a intenção era de se fazer um Mini-CD, um release para próximo trabalho, sem o cover do Manowar e as faixas ao vivo. Porém o propósito da Nuclear Blast, sua gravadora, era de lançar um álbum completo. Então o Therion reestruturou esse trabalho ficando com três músicas inéditas, um remix com vocal de soprano masculino para "Clavicula Nox", mais três covers: "Crazy Nights" (do Loudness), "Thor - The Powerhead" (do Manowar) com os vocais de Ralf Scheepers (Primal Fear) e a regravação de "Seawinds" (do primeiro disco do Accept) com as vozes que dispensam comentários de Martina Hornbacker e Sarah Jesibel Deva, num clima obscuramente gótico. Fechando o disco, três faixas ao vivo, que mostram que o Therion é tão capaz quanto nos álbuns de estúdio. Esta tornou-se uma coleção variada e agradável de canções que mostra uma excelente ponte entre o "Therion velho" e este "modelo novo" com uma apelação ao amor pelo metal verdadeiro.
No final de Setembro de 1999, a banda se reorganiza com Kristian Niemann nas guitarras, Johan Niemann no baixo e Sami Karpinnen na bateria. Três meses de gravação no Woodhouse Studio na Alemanha resultaram no álbum "Deggial". A demora deveu-se à complexidade de gravar junto com a banda, um grupo de mais 27 músicos diferentes entre orquestra, coral e metais. Lançado no final do mês de Janeiro de 2000, "Deggial" (que é personagem de uma antiga lenda árabe e traduz algo como "falso profeta", o "anticristo", mas que nada tem a ver com o anticristo cristão) é para muitos a coroação do novo estilo da música do Therion. Se compararmos com os álbuns anteriores, este trabalho é mais Clássico, mas é também mais heavy metal. Podemos ouvir muito mais influências oitentistas neste álbum do que em qualquer outro que já tenham feito. O revival dos anos 80 é apresentado em vários andamentos e riffs de guitarras; C. Johnsson como compositor e arranjador teve como base as influências de compositores alemães como Wagner e Strauss e do russo Mussurgosky, o que lhe permitiu fundir perfeitamente os elementos da ópera clássica com o death/doom metal, definindo não somente um novo gênero desde sua ascenção em "Theli" (1996), mas também um aperfeiçoamento na produção, empregando uma orquestra/coral completa. Um exemplo disso é a fidelidade na versão que fecha o álbum: "O Fortuna" (primeiro andamento de "Fortuna Imperatrix Mundi - Carmina Burana" de Carl Orff) que não deixa nada à desejar para a original. Outro destaque memorável nesse disco é a participação de Hansi Kursch (Blind Guardian), nos vocais de "Flesh Of The Gods".
No começo de Outubro de 2001, foi lançado "Secrets Of The Runes", um álbum totalmente conceitual, trazendo uma temática mitológica cujos alicerces encontram referências claras em "O Silmarillion" (livro de J. R. R. Tolkien) e numa antiga tradição nórdica que é baseada na existência de uma árvore ramificada por nove mundos distintos chamada de Yggdrasil, onde o álbum é focalizado, nos trazendo misteriosas lendas gregas sobre a origem do universo, o bem e o mal, a consagração dos deuses e conceitos organizados de maneira praticamente íntima sobre o mundo mágico de Odin, convidando o ouvinte a desafiar as esferas negras na busca para o entendimento das runas, que trazem os segredos da ascenção e decadência desses nove mundos. Cada mundo de Yggdrasil têm sua respectiva música no álbum, que varia de estilo e andamento de acordo com o conceito do mundo que representam, desde o prólogo "Ginnungagap" que é o vácuo da criação até o epílogo "Secrets Of The Runes" que canta a quinta essência de Thyrfing, falando da viagem que Odin fez quando recebeu as runas. A ilustração da capa representa o diagrama "The Great Tree Yggdrasil" (A Grande Árvore de Yggdrasil). Em "Secrets Of The Runes" a formação manteve-se estável, e a coesão entre os integrantes ficou fantástica. Isto fica claro a cada faixa executada: riffs de guitarras pesados e poderosos, baixo marcante e uma bateria cadenciada com exatidão, unidos à principal característica do Therion: a grandiosidade nos arranjos orquestrais, desempenhadas por uma ópera de 25 músicos (dentre coral e instrumentos de cordas e sopros como flauta, trombone e oboé). Os mais atenciosos notarão que a influência das óperas de Librettos do compositor alemão Richard Wagner, está mais latente do que nunca na música do Therion. Curiosidades à parte, a audição do álbum à imprensa foi feita num antigo local de culto nórdico e depois todos foram para um navio viking em alto mar com direito a roupas, comida e músicas típicas dos Bárbaros. Este álbum recebeu ótimas críticas por todo o mundo, elevando ainda mais o status da banda, que excursionou por todo o globo, incluindo o Brasil em 2001 mesmo, tocando em Porto Alegre no Bar Opinião dia 24/10, em Curitiba no Moinho São Roque dia 25/10 e em São Paulo no DirecTV Music Hall dia 26/10, sem dúvida alguma shows marcantes que deixaram saudades, pois nem mesmo os fãs mais ardorosos imaginavam que um dia teriam o prazer de assistir os Suécos tocando ao vivo em terras tupiniquins.
Já no final de outubro o Official Therion Fanclub lançou "Bells Of Doom", um registro exclusivo, organizado por Ivo Elezovic, contendo alguns B-sides e faixas antigas que nunca foram publicadas ou tocadas ao vivo; uma raridade dos primórdios da banda, onde todo o seu potencial se gastava na voracidade do Death metal. É um disco excelente e difícil de conseguir, pois é comercializado somente pelo Fanclub, imprescindível para quaquer colecionador.
2002 é o ano do décimo quinto aniversário do Therion. Como forma de comemoração e agradecimento aos fãs, foi finalizado no final de setembro, "Live In Midgard", primeiro álbum duplo e ao vivo da banda, resultante da bem sucedida turnê de seu último disco "Secrets Of Runes". Foram selecionadas gravações de shows realizados na América do Sul e Europa, especificadamente na Colômbia, Budapeste e Hamburgo. "Live In Midgard" não é um daqueles supostos registros ao vivo que de tanta manipulação técnica, acabam soando como meros discos de estúdio. O grupo fez questão de gravar um verdadeiro registro ao vivo (do tipo "Live After Death" - Iron Maiden; "Live Evil" - Black Sabbath; "Alive I, II e III" - KISS) feito na raça, sem preocupações prévias, conseguindo nos transportar para a primeira fila de um show. Para uma banda que faz um som bastante rico em detalhes; a qualidade e fidelidade desse álbum superam as espectativas, pois esse foi gravado quase que completamente sem as correções de overdubs, demonstrando bastante naturalidade ao registrar as performances da banda em palco. Estão aqui todos os clássicos desde "The Return" ("Of Darkness") até "Summer Night City" ("Secrets Of The Runes"). Realmente um registro histórico que mostra o que o Therion fez de melhor durante esses quinze anos de estrada.
My Dying Bride, foi formado em junho de 1990, por Calvin, Aaron, Andy e Rick e depois de seis meses de ensaios intensos, saiu a sau primeira demo "toards the sinister".
Após o lançamento da demo, um sétimo single foi lançado pela banda em um pequeno sela “francês” Listenable.
O “God is Alone”, vendeu quase todo o estoque e imediatamente atraiu Peaceville Records, que ofereceu um acordo, apenas um ano depois da formação da banda.
“Symphonaire Infernus et Spera Empyrium” foi o debut lançado pela banda (um EP com Ade no baixo) que foi acompanhada logo pelo seu primeiro LP, “As The Flowers Withers”, empurrando a banda para o “Avant Garde Doom Metal”.
No final de 1993, uma imensa turnê européia iniciou-se, para coincidir com o lançamento do LP “Turn Loose The Swans”. A turnê foi um grande sucesso, mas um acidente com o transporte, ocasionou roubou dos equipamentos da banda e se não fosse por isso, a excursão seria proveitosa.
“The Angel and the Dark River” foi lançado pela Peaceville Records em 8 de maio de 1995, e foi respondida com uma extensa turnê européia, incluindo o grande festival Dynamo Open Air na Holanda.
Em 1996, My Dying Bride lançou “Like Gods of the Sun” que recebeu uma “aenção extra” em sua produção, o qual resultou em um som mais “limpo”. O lançamento deste álbum foi acompanhado por duas turnês pela Europa, uma em 96 com Cathedral e outra em 97 com Sentenced. Em abril de 1997, a banda também excursionou com nos E.U.A junto ao Dio.
Em 1998, My Dying Bride trabalhou duro em seu novo álbum “34.788%...Complete”, mas durante os ensaios a banda perdeu outro membro, Martim.
Bill Law do Dominion, foi o baterista temporário e com a mudança drástica no line-up, a banda entra em estúdio.
Após o lançamento do álbum, a banda calou-se...
O silencio foi quebrado pelo anuncio que a banda estaria trabalhando em seu sexto álbum e outra revelação: Shaun Steels seria o novo baterista permanente.
“The Light at the End of the World” foi lançado em novembro de 1999. Este álbum é basicamente um retorno do som da banda no período entre “Turn Loose the Swans” e “The Angel and the Dark River”, mas com uma nova perspectiva de som.
A banda também escalou Hamish Glencross como segundo guitarrista, embora seu trabalho não pôde ser ouvido ainda em “The Light at the End of the World”.
Quatro garotos, ex-delinqüentes juvenis de Queens, New York, uniformizados com calças jeans rasgadas e jaquetas de couro, tocando músicas de dois ou três minutos, falando sobre danos cerebrais e insanidade, como se a sua vida dependesse disto. Garantia de excelente diversão.
Engana-se quem pensa que o Punk Rock e o visual marcado por jeans rasgados foi criado pela banda inglesa Sex Pistols. Já em 1974, muito antes de Malcom McLarem ter a idéia de formar os Sex Pistols, uma banda de adolescentes tocava no famoso clube CBGB (Country Bluegrass and Blues) de Manhatan, entre outras músicas, uma chamada "Judy Is a Punk". A banda definiria nestes primeiros shows a atitude musical e visual que viria a ser conhecida como Punk Rock.
Numa época em que o rock and roll institivo divertido e curto dos primeiros tempos havia sido substituído por músicos de técnica apurada, solos imensos, letras profundas e discos duplos, os Ramones foram alguns dos principais responsáveis por freiar os exageros do rock progressivo que se tornava cada vez mais chato. Afinal de contas, sendo encarado como arte, o rock havia perdido toda a sua expontaneidade e energia.
Fãs de bandas descartáveis como os Beatles (primeira fase) e Beach Boys, três garotos de New York resolveram nadar contra a correnteza e fazer música simples, rápida e acima de tudo divertida. Seus nomes eram Jeffrey Hyman (bateria), John Cummings (guitarra) e Douglas Colvin (baixo e vocal). Resolveram assumir os nomes artísticos de Joey Ramone, Johnny Ramone e Dee Dee Ramone. Conta a lenda que o sobrenome foi tomado emprestado do Beatle Paul McCartney, que costumava viajar disfarçado e se hospedava em hoteis com o nome falso de Phill Ramone. Após algumas apresentações se uniu à banda o baterista Tommy Ramone (Tony Erdely), ficando Joey Ramone nos vocais, Johnny na guitarra, e Dee Dee no baixo. Com esta formação conseguiram heroicamente, sem saber tocar pouco mais do que três acordes, um contrato com uma gravadora.
Sai assim, em 1976, o primeiro disco, auto intitulado. Se faltava à banda técnica, sobrava energia. O disco foi muito bem aceito e se tornou um dos mais influentes da história do rock. Afinal, se os Ramones haviam conseguido chegar a um disco sem saber tocar, nada impedia que outras bandas tentassem. O disco Ramones desencadeou um pouco mais tarde na Inglaterra o movimento punk que viria a ficar conhecido mundialmente com bandas como Sex Pistols, The Clash, Damned, etc. Embora os Ramones não tenham tido a princípio o mesmo reconhecimento das bandas inglesas, foram eles, sem sombra de dúvida, os pioneiros do do-it-yourself. Finalmente um disco de mais de 12 músicas e menos de 30 minutos voltava às paradas.
Durante a carreira obviamente houveram muitas mudanças de formação. Em 1977 Tommy deixou a banda e foi substituído por Marky Ramone (Marc Bell). Marky por sua vez viria a ser substituído por algum tempo por Richie Ramone (Richard Beau), voltando depois à banda. A perda mais sentida pelos fãs, porém, foi a saída do fundador Dee Dee Ramone, por diferenças musicais. Dee Dee se tornou um músico de rap e foi substituído por CJ Ramone (Christopher Ward).
No ano de 1979, um produtor de filmes "B", Roger Corman, convida a banda para estrelar uma de suas últimas produções, chamada de Rock'n'Roll HighSchool. A trama se desenvolve baseada nos próprios músicos e numa fã que queria entregar suas composições para serem tocadas pelos Ramones. É deles também boa parte da trilha sonora.
Sem dúvidas nenhuma, o maior público num show da banda foi em 1981, o US Festival, na Califórnia, com cerca de 500 mil pessoas assistindo aos já não tão garotos de Nova York.
Em 1991 foi lançado o tributo à banda, chamado de Gabba Gabba Hey!, que conta com a participação de D.I., Buglamp, Chemical People, Bad Religion, Groovie Ghoulies, entre muitos outros.
Após vinte anos de carreira e 15 discos de estúdio, o Ramones é uma das poucas bandas que pode ser elogiada (ou criticada) por praticamente não ter mudado seu estilo. Incrivelmente, apenas na década de 90 vieram a ser conhecidos do grande público e seus discos passaram a vender mais do que na época de seu lançamento.
Em 1995 a banda decidiu encerrar suas atividades, pegando de surpresa a legião de fãs, afinal estavam no auge de sua carreira, nunca havia feito tanto sucesso e seus dois últimos álbuns, Mondo Bizarro e Acid Eaters, eram considerados dos melhores de sua longa carreira. Em meio a boatos de brigas e desentendimentos gravam seu canto-dos-cisnes adequadamente intitulado Adios Amigos. O fim? Pouco provável.
1996 foi o derradeiro ano. Foi lançada uma coletânea ao vivo intitulada de The Greatest Hits, com duas faixas em estúdio, a R.A.M.O.N.E.S, do Motörhead e uma versão para SpiderMan, que entrou numa coletânea de temas de desenhos animados. Esta música inclusive está presente em uma tiragem da versão americana do Cd Adios Amigos. O grupo também foi a atração principal do festival itinerante Lollapalooza, que acontecia anualmente nos EUA.
Porém, os rumores foram se concretizando. A banda faz seu último show em 6 de Agosto desse mesmo ano, o 2263º de sua carreira. Um show que contou com participações mais do que especiais. Dee Dee Ramones, Lemmy, os músicos do Rancid e do SoundGarden, Eddie Vedder, entre outros cantaram e tocaram músicas com os mestres, numa apresentação que está imortalizada no disco ao vivo We're Outta Here!.
CJ Ramone continua se apresentando na sua banda Los Gusanos enquanto Marky toca em seu projeto solo Marky Ramone and The Intruders. De Johnny, que largou por definitivo a música (alguns até o acusam por ter causado o fim da banda), está vivendo com os louros de seu trabalho. Já a notícia mais triste fica por conta de Joey: está com leucemia, o que deixou sua já debilitada saúde num estado bem delicado.
Em 1999, o grupo fez uma apresentação beneficente em Nova York para juntar fundos para uma casa que cuida de crianças com leucemia. A grande esperança dos fãs veio através das palavras do guitarrista Johnny: "Se Joey se recuperar da sua doença, faremos uma turnê mundial". Esperanças que infelizmente não se concretizaram. Joey faleceu em abril de 2001, aos 49 anos.
Em 2002, pouco após a banda Ramone ser admitida no Rock And Roll Hall Of Fame, um reconhecimento tardio à sua importância, Dee Dee Ramone, baixista original da banda, morreu aos 50 anos de idade em sua casa, em Hollywood. Dee Dee foi encontrado pela esposa, sem dar sinais de vida. O serviço de emergência do corpo de bombeiros de Los Angeles, chamado imediatamente para o local, confirmou o óbito. A causa da morte foi uma overdose. Seringas e equipamentos usados para consumo de drogas injetáveis foram encontrados no apartamento. No passado, por várias vezes Dee Dee havia tido problemas com vício em heroína.
Em 2004 foi a vez de Johnny Ramone, morto aos 55 anos em New York, após lutar durante cinco anos contra um câncer de próstata. Marky Ramone se tornou então o último remanescente da formação mais clássica da banda.
O Dimmu Borgir é hoje uma das principais bandas de metal (black metal, para ser mais exato) do planeta. O nome da banda vem da palavra norueguesa Dimmuborgir, que significa "castelo negro", e é também o nome de uma formação rochosa resultante de antigas atividades vulcânicas em uma região perto do lago Myvatn, na Islândia.
A história do Dimmu Borgir começa em 1993, na Noruega, país de origem dos fundadores da banda. São eles: Shagrath (vocalista, baterista e guitarrista), Silenoz (guitarrista e vocalista) e Tjodalv (guitarrista). Logo depois, o baixista Brynjar Tristan e o tecladista Stian Aarstad se juntam a eles. Guitarras pesadas e com belosriffs, vocais cortantes e agressivos, e teclados com muita melodia e clima são os destaques do grupo. É impressionante a atmosfera que esses elementos combinados são capazes de criar, o que torna a audição de um álbum da banda uma experiência realmente notável. E apenas tendo essa experiência, o leitor terá idéia do impacto do som da banda – descrever esse impacto com palavras é realmente muito difícil.
O primeiro lançamento da banda foi um EP chamado "Inn I Evighetens Morke", que saiu em 1994 pela Necromantic Gallery Productions. Este EP fez muito sucesso no meio mais underground europeu, permanecendo, porém, pouco conhecido do grande público apreciador de metal. Esse sucesso relativo lhes rendeu um contrato com o selo No Colour Records, e por esta gravadora lançaram, no final de 1994, o disco "For All Tid". O line-up da banda nesse época era: Shagrath (bateria e vocais), Silenoz (guitarra e vocais), Tjodalv (guitarra), Tristan (baixo) e Aarstad (teclado e sintetizadores). O disco conta ainda com algumas participações especiais de artistas influentes no cenário metálico europeu. O sucesso da banda vai aos poucos aumentando, e o Dimmu Borgir vai deixando de ser conhecido apenas no círculo underground, para se tornar uma das mais promissoras bandas de black metal do mundo.
Em 1996, lançam seu segundo álbum (sem contar o EP) intitulado "Stormblast". A exemplo dos anteriores, é um excelente disco, que faz com que o Dimmu Borgir seja então reconhecido como uma das melhores bandas de black metal do mundo. Esse disco foi lançado por um outro selo, a Cacophonus Records. As músicas desse álbum mostram um Dimmu Borgir cada vez mais maduro, agressivo e melodioso. Ou seja, as virtudes que desde o começo os caracterizavam estavam cada vez mais impressionantes e, principalmente, cada vez mais harmoniosas entre si. O line-up do grupo ainda era o mesmo, com a diferença de que Shagrath agora se ocupava apenas dos vocais e guitarras, tendo a bateria ficado a cargo de Tjodalv.
Depois de uma nova troca de selo (agora Hot Records), ainda em 1996, o grupo lança o mini-álbum "Devil’s Path". A grande mudança é que agora a banda escreve suas letras em inglês, com o objetivo de atingir um público ainda maior. São apenas 4 faixas, com destaque para a que dá o título ao disco. Nesse álbum, temos duas mudanças no line-up: Aarstad não foi o responsável pelos teclados pois estava envolvido em problemas particulares (Shagrath tocou os teclados), e o baixista Nagash integra a banda, no lugar de Tristan.
Em 1997, o Dimmu Borgir assina com a Nuclear Blast, um dos principais selos de metal do mundo, e onde eles teriam a divulgação e distribuição que seus discos mereciam. Nesse mesmo ano, lançam o incrível disco "Enthrone Darkness Triumphant". A grande diferença para os discos anteriores é a belíssima produção, que ficou a cargo de Peter Tagtren (Hypocrisy, The Abyss). Não que os outros álbuns fossem mal produzidos, mas a diferença entre estes e "Enthrone..." é inegável. O som do grupo está cada vez melhor (apesar de que alguns fãs mais radicais dizerem que a banda não é mais a mesma, que amaciou o som para vender mais, etc.), e nesse disco os noruegueses nos brindam com canções avassaladores como "A Succubus in Rapture", "Mourning Palace" e a impressionante "In Death’s Embrace". A curiosidade deste álbum é que a Nuclear Blast se negou a colocar a letra da música "Tormentor of the Christians Souls" no encarte dos discos. Sobre o line-up deste álbum, a diferença é que Aarstrad estava de volta aos teclados e que um novo guitarrista havia sido adicionado – o australiano Astennu – deixando, assim, Shagrath se dedicar apenas ao vocal da banda. Essa última mudança, na época, dizia respeito apenas às apresentações ao vivo. Isso já havia acontecido antes: o guitarrista Jens Petter já tinha ajudado o Dimmu em seus shows na época do disco "Stormblast". Astennu tocaria depois no "Covenant", e atualmente é membro permanente do Dimmu Borgir. Depois da turnê do álbum "Enthrone Darkness Triumphant", Tjodalv deixa a banda temporariamente (Agressor o substitui) para se dedicar um pouco à família (ele havia acabado de ganhar um filho) e Aarstad foi afastado após alguns problemas com os outros membros do conjunto. Ele passou a ser o tecladista da também norueguesa Enthral, enquanto que a nova tecladista do Dimmu Borgir passou a ser Kimberly Goss (ex-Therion). Goss também não ficou muito tempo, e em seu lugar entrou o jovem Mustis.
Em 1998, a Nuclear Blast relança o disco "For All Tid", com duas músicas bônus (vindas da primeira gravação da banda, o EP "Inn I Evighetens Morke"). Ainda em 1998, a banda lança o disco "Godless Savage Garden". Esse disco possui duas músicas inéditas, duas novas versões de músicas de álbuns anteriores, uma versão cover da música "Metal Heart", do Accept, e três músicas gravadas ao vivo.
Continuando, em 1998 a banda volta ao estúdio para gravar mais um álbum. Com a produção novamente a cargo de Peter Tagtren, "Spiritual Black Dimensions" é lançado em março de 1999. É mais um álbum maravilhoso, com o qual a banda confirma cada vez mais ser uma das melhores bandas de metal do mundo. Musti substitui muito bem Aarstrad, contribuindo com suas belas linhas de teclado. Após a gravação do álbum, Nagash resolve deixar o Dimmu Borgir para se dedicar exclusivamente à sua outra banda, o Covenant. O vocalista e baixista Simen Hestnaes, que também havia participado da gravação de "Black Spiritual Dimensions", é efetivado como membro do grupo. Pouco tempo depois, Tjodalv também deixa o Dimmu, alegando ter diferenças pessoais e profissionais com seus companheiros. Em seu lugar entra Nick Barker (ex-Cradle of Filth).
Em 2003 é lançado o "Death Cult Armageddon". E no início de 2004 Nick Baker é demitido da banda. Nick foi avisado de sua saída na segunda semana de janeiro, mas a notícia foi dada oficialmente em 10 de fevereiro. O baterista Reno substituiu Nick na tour, inclusive nos shows do Brasil, sendo logo depois substituido por um outro baterista provisório, Tony Laureano.
Los Angeles, começo dos anos 80. Em meio a uma avalanche de novas bandas e estilos, dentro da cena musical uma banda começa a chamar a atenção. Quatro rapazes de origem latina vindos de Venice, sudeste de Los Angeles, membros de uma classe considerada mais marginal, ávidos por fomentar uma revolução na atitude e principalmente na cabeça (entenda-se pensamento) daqueles que o cercavam começam a mostrar as garras. O nome, o estilo, as letras, os integrantes, as idéias, os shows, tudo isso capitaneado por um vocalista louco, Mike Muir, dão origem, em 1982, ao Suicidal Tendencies.
Mike Muir (Cyco Miko), Louiche Mayorga, Grant Estes e Amery Smith formam o time. Vestidos de uma forma peculiar, com suas camisas flaneladas fechadas somente no primeiro botão (o chamado "noose"), em pouco tempo os rapazes começam a arrebanhar muita gente para seus shows. Curiosamente, os próprios fãs confeccionam camisetas, bonés, calças, bermudas e espalham a ST mania pela cidade.
Maior responsável e criador da banda, Mike Muir se destaca pela imagem robusta no palco, postura agressiva mas inteligente, e aparece como um grande formador de opinião, agradando de imediato skatistas, punks, thrashers, hardcores, gangs e tudo o mais para os shows da banda. Sem esquecer sua outra marca registrada, uma bandana azul na cabeça, quase que tampando toda a visão, que fez escola.
Pendendo mais para um som skater, o ST incorpora solos de guitarra ao som, o que vem os diferenciar das outras bandas que se aproximavam deste estilo. Com o passar do tempo, as músicas vem cada vez mais a incorporar um tempero especial, bases pesadas mas swingadas, levadas bem "pulantes" e as letras cada vez mais fortes e contundentes. Trabalhando basicamente com sentimentos que não são facilmente controláveis e cuja expressão é sempre cercada de críticas pelo sistema vigente, o ST é uma banda que não tem medo de falar o que pensa, brigar pelo seu direito, e lutar por aquilo que acha que é certo. Inquietos, o ST foi e sempre será uma banda que não tem medo do futuro e vai estar sempre andando para frente. Afinal, é a isso que devemos chamar evolução, vide todos os seus trabalhos nesses 16 anos.
Criticados ao extremo e atacados pelas frentes "moralistas" principalmente pelo seu nome, é importante destacar aqui que o nome Suicidal Tendencies não quer incitar pessoas ao suicídio, mas tem origem principalmente no fato da banda ser composta de skatistas (enquanto a maioria das bandas da época aparecia circulando em Harleys – como continua sendo hoje em dia). Obviamente, qualquer ser humano que tenha praticado skate, dropado de caminhões, freqüentado half pipes e piscinas, descido por estradas e ladeiras a milhão sabe muito bem a que se refere o nome...
O primeiro disco, auto-intitulado, foi lançado. A despeito de seu começo conturbado, considerados "pior banda e maiores cuzões" pela pool da revista "Flipside" em 1992, em 1993 lançam seu primeiro trabalho pela gravadora American Lesion Music. Logo após o lançamento, os rapazes decidem fazer uma turnê pelos Estados Unidos, independentemente de terem dinheiro para viajar ou organizar qualquer coisa (o que explica o fato de voltarem extremamente mais magros do que quando saíram de casa). O que levou a isso foi o fato de que o máximo que chegaram a receber por um show foi US$ 100,00, e mais de 70% dos shows acabaram sendo "na faixa", quer dizer, pintava um show no meio do caminho e não rolava grana.
Ao chegar em casa de volta, notaram que o álbum já tinha feito efeito. O hit Institutionalized, mais conhecido lá fora como a música da Pepsi ("just one Pepsi, and she wouldn’t give it to me, just one Pepsi...") já estava rolando nas rádios. O álbum estava chamando a atenção dos ouvintes, da crítica e principalmente do P.M.R.C e da polícia da Califórnia. O seu nome e visual os tornava alvos fáceis. Há rumores inclusive de que eles chegaram a ser pressionados pelo FBI para mudar o nome da música I shot Reagan (Eu atirei em Reagan) para I shot the Devil (Eu atirei no diabo). Essa canção, juntamente com I saw your mommy e Subliminal se tornaram sua marca registrada. A MTV americana logo entrou no páreo com as rádios, começando a rolar o vídeo de Institutionalized, que chegou ao top 28 dos vídeos daquele ano. A música e o vídeo ainda apareceram e foram citados em séries de TV como Repo Man e a mais conhecida por aqui Miami Vice, nos quais a banda aparecia tocando. Após três anos do lançamento, o primeiro disco do Suicidal tendencies alcançou a marca de 150.000 cópias.
Apesar da grande repercussão da banda e do número de discos vendidos, nenhuma gravadora queria saber dos "suicycos". Nenhuma grande companhia queria o nome relacionado com uma banda chamada Suicidal Tendencies. E para aumentar os problemas, devido a violência generalizada de seus shows, a banda foi proibida de se apresentar em público por um prazo de cinco anos.
Após uma espera de dois anos, e com a compra da Caroline pela Virgin, o ST finalmente recebeu uma proposta onde eles teriam total controle artístico sobre seu material, bem como seria negociada a pena de 5 anos sem aparecimentos em público. Ele aceitaram.
Join the Army foi seu segundo disco e primeiro pela Caroline. Demorou três anos para sair, devido a vários problemas internos e catástrofes ocorridas com a banda. O guitarrista Grant Estes saiu, dando lugar ao respeitado guitarrista Rocky George e o baterista Amery Smith foi substituído por Ralph J. Herrera. Com o lançamento do novo álbum e enriquecido cada vez mais com o "skate rock", o primeiro hit, Possessed to Skate, foi acompanhado do lançamento de um vídeo onde um garoto aproveitava a viagem dos pais e detonava a casa toda com seus amigos, além de aprontar o diabo na piscina da casa (servindo como pista de skate). Curiosamente a casa era realmente de um amigo da banda, e após o vídeo eles tiveram que arrumar a casa do jeito que ela estava antes. Músicas como Two Wrongs Don’t Make a Right (but make me feel a whole lot better), Join the Army, com suas letras agressivas e cruas começavam a fazer moda, junto com todos os produtos que a banda lançava no mercado... camisetas, bonés, chaveiros, bermudas, etc., e dava início a uma nova fase dentro do hardcore, o chamado "skate core". Junto com bandas como Agnostic Front, D.R.I., Gang Green, etc. O ST despontava como um dos mais expressivos grupos dentro de seu estilo.
Com o seu terceiro disco How Will I Laugh Tomorrow When I Can’t even Smile Today, o Suicidal finalmente conseguiu um apoio maior da gravadora em termos de distribuição, propaganda e divulgação. Foi a essa altura do campeonato que os garotos (já não tão garotos assim) resolveram incluir mais um guitarrista. Com a entrada de Mike Clark um guitarrista mais concentrado nas bases das músicas, e a substituição do baixista Louiche Mayorga por Bob Heathcote, a sonoridade da banda deu uma guinada em direção a um som mais pesado (mais heavy, menos punk). Sem deixar de lado as suas mensagens, é claro. Mike Clark entrou de sola, já que no disco 70% das músicas têm sua assinatura. A produção de Mark Dodson, que na época trabalhava com o Antrax, com certeza soube explorar os contrastes e as diferentes tendencias que o Suicidal começava a experimentar, e um dos resultados desse trabalho é uma das músicas mais famosas da banda, a canção título. De balada a porrada, de porrada a balada, sem perder o pique, o disco inteiro é imperdível, recheado de canções que ajudaram a arrebanhar mais membros para a "Suicidal Family".
Com a entrada de 1989, o lançamento de dois EP’s em um só álbum Controled by Hatred / Feel Like Shit....Deja Vu, seu quarto lançamento, sem a produção de Mark Dodson, a banda procura reaproximar o som do HC original. Um som muito mais sujo, as guitarras mais baixas, solos quase inaudíveis e vocal também, o baixo e a batera extremamente crus e altos contrastam com a "heavy emotions version" de How Will I Laugh Tomorrow acústica antes de qualquer projecto MTV. Produzido pelo ST e Paul Winger, a qualidade parece não ter agradado muito aos membros da banda. O som mais heavy contrasta com a gravação, muito pobre, o que não combina definitivamente com o que almejam os Suicycos.
Como não podia deixar de ser, com a maior exposição na mídia, cada vez mais o Suicidal encontrava problemas. Tinha na sua cola o P.M.R.C., comandado por Tipper Gore (hoje a mulher do vice-presidente dos Estados Unidos) tentando a todo custo proibir apresentações da banda bem como alterar o seu nome, e boicotando a distribuição, tentando a todo custo retirar o disco das lojas, motivada pela idéia de que o nome e a música incitavam os jovens ao suicídio. A policia de Los Angeles também, com o aumento considerável do número de fãs e as brigas constantes em seus shows, considerava a banda mais uma gang do que um grupo e continuava a impedir a sua apresentação várias vezes (principalmente em lugares abertos, já que a banda continuava a atrair aquele público skatista). O choque entre os discursos e as letras empolgadas e inflamadas de Mike Muir de um lado, e a polícia e as instituições moralistas animava os fãs e atraía cada vez mais a atenção da mídia.
Lights, Camera Revolution é lançado logo na seqüência, em 1990. Uma verdadeira obra prima. Por sua causa o Suicidal é acusado de amaciar as músicas e se vender. É claro, o som não é mais aquele HC original, é nítida a evolução dos músicos, da produção, das idéias, da revolta e o amadurecimento definitivo da banda. A influência de uma levada mais funkeada em algumas músicas (com a entrada do extremamente criativo Robert Trujjilo no baixo no lugar de Stymee) esse novo estilo se deve muito mais a qualidade da gravação do que pelas músicas em si. A produção é novamente de Mark Dodson, o que parece tirar o máximo dos rapazes, tanto em termos de composição, quanto em qualidade. O que acontecia era que o HC original dava origem a uma mescla de estilos que influenciava o lugar de onde vinham os rapazes. Como o som sempre foi um reflexo do que acontecia, nada mais natural. A MTV passava os vídeos e músicas como Can’t bring me Down, Send Me your Money, Alone apareciam como mais pedidas apesar de suas fortes conotações sociais, seus protestos e sua revolta a hipocrisia. Mais ou menos nessa época, o ST dá origem também ao projeto Infectious Grooves, fundada por Mike Muir e Robert Trujjilo. Depois de lançamento do Lights e do Infectious (the plague that makes your booty moves ...is the infectious grooves), o Suicidal dá um tempinho de dois anos, mas ainda deixa rolando na TV o clipe de Can’t Bring me Down, mostrando por que os garotos foram banidos de Los Angeles no fim dos anos 80.
Após esses dois anos de descanso, o batera Ralph J. Herrera deixa a banda para se dedicar mais a família. A banda aceita, já que são todos muito amigos a essa altura, e lançam The Art of Rebellion, com Josh Freese como músico adicional, não membro do ST. Se no disco anterior o ST já era acusado de se vender, nesse.... O disco é diferente sim, mas o estilo é inconfundível. As letras, o peso, a essa altura, o ST já incorporou a capacidade de mesclar estilos sem perder a pose. Músicas diferenciadas, como Nobody Hears, I Wasn’t Meant to Feel This, Aslleep at the Wheel, I’ll Hate You Better, mostram um trabalho mais ambicioso, sem dúvida. O som menos cru, confirmou o ST como uma banda de músicos versáteis, competentes e porque não, complexos. A resposta aos que achavam que a banda estava amaciando vinha nos seus shows, cada vez mais porrada e altamente técnicos, com o som beirando a perfeição.
Após o lançamento de 1992, a Virgin, lança um "greatest hits", chamado F.N.G., item difícil de se encontrar. A compilação traz músicas dos três primeiros lançamentos do ST. São 22 músicas mais uma versão instrumental de Suicyco Mania. O álbum é acompanhado de excelentes fotos e uma matéria escrita por um jornalista da Riff Raff, Peter Grant, e é uma ótima pedida para aqueles que gostariam de conhecer a banda pela primeira vez.
Com o lançamento de Art... e as contínuas críticas e reclamações de fãs antigos, o Suicidal surpreendeu a todos de novo. Lançou Still Cyco After All This Years. 10 anos após o lançamento de seu primeiro álbum, eles resolvem regravar todas as músicas de seu primeiro disco mais duas músicas de Join the Army e uma música nova, Don’t Give Me Your Nothing com a nova formação, e produzido novamente por Mike Dodson, agora co-produzido por Mike Muir.
Como já era de se esperar após a bajulação da crítica em relação aos seus trabalhos anteriores, dessa vez ela cai matando, destacando o que chama de estagnação da banda. Já os fãs adoram. O som nota dez e a energia original do Suicidal presentes nas novas versões, solos agressivos, riffs fortes e as letras originais mostraram o que os críticos não conseguiram enxergar: que durante os dez anos passados, o ST não tinha perdido nada daquele gás original, e só evoluía a cada ano que se passava. Podia ser que para os críticos o que importava era a evolução musical de cada cd, mas para o Suicidal era importante destacar que eles continuavam os mesmos, só que melhores, e que agora os novos fãs podiam ouvir as músicas antigas do jeito que elas seriam atualmente.
Suicidal For Life até pouco tempo atrás era um álbum triste. Marcava o fim da banda, ou melhor o último disco. Josh Freese deu lugar a Jimmy de Grasso, que já havia tocado com Y&T, Allice Cooper e White Lion . O HC/Metal nova iorquino veio mais forte e mais pesado que nos álbuns anteriores, as letras mais ácidas e nitidamente mais críticas. Fuck pra todos os lados. A parte instrumental é irretocável, não há uma música que não se destaque. Todos quebram tudo (parece que em um último esforço eles queriam deixar mesmo o melhor de cada um – pelo menos em termos técnicos). Apesar dos discos anteriores mostrarem nitidamente os músicos na capa, o SFL mostrava só Mike Muir. Dica para os fãs de que algo estava ruim lá dentro. Quem foi ao Monsters of Rock teve a chance de conferir essa turnê ao vivo.
Apesar do clima de brincadeira em cima do palco, parece que as tendências pessoais estavam tomando rumos diferentes. Após alguns boatos, o ST finalmente marcou o que consideraria seu último show, no Whisky. Conta-se que o som estava horrível e haviam confusões tanto na platéia quanto no palco, desanimado e sem tesão. A esta altura, Trujjilo e Muir já se dedicavam bastante ao Infectious, que crescia e se tornava uma sombra do Suicidal – onde tocava um, tocava o outro, enquanto Mike também já planejava lançar alguma coisa com o Cyco Miko, um projeto mais punk rock, com Steve Jones na guitarra.
Após 3 anos de descanso, eis que surge a notícia de que o ST estava sendo reativado. Tudo começou com o lançamento de Prime Cuts, pela Epic. Na verdade, o ST não queria lançar esse disco, visto que a intenção era lançar um disco completo. Como constava ainda um disco no contrato, a Sony (EPIC) se aproveitou e lançou essa coletânea incluindo duas músicas novas, Berserke Feeding the Addiction já mostravam o que estava por vir. Mais Join the New Army e Go Skate e se podia ter a certeza que o ST estava de volta.
Dessa vez, Mike Muir e Mike Clark tinham a companhia de novos integrantes. Na outra guitarra, Dean Pleasants. Josh Paul entrou no lugar de Rob Trujjilo no baixo e Brooks Wackerman entrou no lugar de Jimmy de Grasso. Numa entrevista a revista Hard francesa, ao ser perguntado sobre os motivos da debandada, Mike respondeu um tanto quanto secamente que o importante era que o ST estava de volta e não importava quem saira, e sim quem estava ocupando os seus lugares. O ST então começava a sua nova turnê pelo mundo todo. Aproveitaram a turnê mundial para divulgar Family and Friends, um cd com bandas de Venice e cercanias, com duas músicas do Suicidal, duas do Infectious, duas com os dois juntos e músicas de outras bandas. O som está diferente, é claro, mas o baixo continua com o mesmo peso, a batera também.
Um dos grupos que faziam parte da cena Thrash de São Franciscoe e que muito contribuíram para a sua aura de relevância, mas que acabaram caindo no esquecimento da maioria com o passar dos anos, é o Death Angel. Vindo da famosa Bay Area de São Francisco ao lado de outros grandes nomes como Metallica, Slayer, Exodus e Testament, o Death Angel era formado por Mark Osegueda (V), Rob Cavestany (G), Gus Pepa (G), Dennis Pepa (B) e Andy Galeon (D). A banda chamou a atenção logo de cara, só que os motivos foram algumas curiosidades não exatamente relacionadas à música, mas sim devidos a certas pecukiaridades, como o baixíssima faixa etária de seus integrantes (o mais velho tinha 15 anos quando o conjunto foi montado) e o fato de todos os músicos serem de origem filipina – mais: eram todos primos de primeiro grau, à exceção do vocalista Mark, primo de segundo grau.
Contudo, tão logo a banda conseguiu gravar seu primeiro álbum, tudu isso ficou em segundo plano. Porque The Ultra Violence, de 1987, trouxe um thrash metal tão visceral, rápido, técnico, agressivo que ninguem nem se lembrava mais de qualquer outra coisa que não aquele massacre em forma de som pesado. Logo vieram mais outros dois trabalhos de semelhante qualidade, Frolic Throught The Park e o seminal Act III – que continha a fantástica Seemingly Endless Time, cujo o clipe, como os mais antigos certamente se lembrarão, passava em virtualmente todas edições do saudoso programa Fúria Metal, nos primórdios da MTV Brasil.
Só que, em 1990, pouco após o lançamebnto de Act III, o Encerrou as atividades. Ou seja, justamente quando parecia que eles iriam estourar mundo a fora. Foi um dessas separações meio inexplicáveis e que se tornou ainda mais esquisitas quando exatamente o mesmo conjunto , menos o vocalista Mark Osegueda, voltou tocar junto, mas agora son o nome de The Organization (ou seja, quase a mesma coisa que o Hellhammer fez no passado, virando o Celtic Frost). Dois discos – ótimos, por sinal – foram lançados até que, em 1995, banda acabou definitivamene e muito pouco se ouviu acerca de seus músicos então.
Salto para 2001. Chuck Bily, do Testament, convalescendo de câncer, é o benefíário de um evento chamado Thrash Of The Titans, festival beneficiente que reuniudiversos nomes importantissímos do Thrash Metal da Bay Area – dentre eles, o Death Angel, com sua formação quase original (somente o guitarrista Gus Pepa não estava presente, substituído por Ted Aguilar). A idéia inicial era fazer apenas aquele show em homenagem a Billy, mas a reação da platéia naquela noite fez com que os músicos mudassem de idéia naquela noite mesmo. Assim, o Death Angel estava de volta, doz anos depois! E agora em 2004, solta o seu primeiro trabalho inédito de estúdio depois de longos 14 anos inativos, o The Art Of Dying.
Tudo começou quando os amigos de longa data, Dan Donegan (guitarra), Fuzz (Baixo) e Mike Wengren (Bateria) resolveram formar uma banda. Ensaiavam na cidade americana de Chicago, porém sem vocalista. Isso durou um certo tempo e os três estavam cansados de ensaios com pessoas que não compartilhavam os mesmos pensamentos e as mesmas atitudes, simplesmente, pessoas incompatíveis.
Eles então conheceram David Draiman em 1997 – o vocalista perfeito, que já chegou com as atitudes esperadas e um nome, que permanece até hoje, Disturbed. Sério desde o primeiro ensaio, propôs uma improvisação e não um cover, como todo os outros, ele permitiu que a banda evoluísse bastante.
David vem de uma família muito religiosa e conservadora, que via nele um futuro médico, ou vendedor - nunca um músico de uma banda de rock. Em sua adolescência, David teve uma fase rebelde, na qual foi expulso de cinco escolas! "As músicas refletem o que a sociedade tenta fazer, ela tenta fazer com que todos sejam como ela.", diz ele.
As músicas têm elementos eletrônicos, que atuam apenas como coadjuvantes. Os riffs pesados que Dan tira são o enfoque principal do Disturbed, mas os vocais melódicos e inconfundíveis de David também não ficam para trás.
A atitude e a expressão dos músicos no palco logo chamaram a atenção dos donos dos clubes do sul de Chicago. A força brutal, inquestionável, diferente de tudo que existe, e a inteligência de músicas como "Down With The Sickness" logo levaram o Disturbed a dividir palcos com bandas grandes e conhecidas como o Ministry.
O primeiro álbum, lançado em Março de 2000, intitulado The Sickness, vendeu 1 milhão de cópias. Após serem um grande sucesso no Ozzfest 2000, foram confirmados no Ozzfest 2001, provavelmente para surpreender mais gente e se firmarem como uma das melhores bandas do novo milênio. As turnês tornaram-se cada vez maiores, alcançando a Europa inteira junto com Maryln manson e todo os EUA.